Artigo de Opinião – Publicado, a 30 de maio, no Jornal de Notícias

“A Águas do Douro e Paiva foi criada em 29 de maio de 1995, com o objetivo de gerir o sistema multimunicipal de captação, tratamento e abastecimento de água na região do Grande Porto, dando resposta às carências existentes na altura.

Desde o início que a empresa enfrenta obrigações e desafios, supera obstáculos, e evolui para garantir um serviço sustentável e eficiente.

Tem trilhado o seu percurso com alguma irreverência e um marcado sentido de identidade regional, por vezes em confronto com orientações dominantes, mas sempre se afirmando como um relevante fator de coesão, numa garantia de competitividade e de desenvolvimento económico da região.

Em 2017, depois de um processo de agregação que durou quase dois anos, a Águas do Douro e Paiva retomou a sua autonomia e voltou à sua identidade inicial. Na última década, o sucesso do processo de cisão é, com toda a certeza, um marco assinalável pela sua complexidade e exigência e acentua o seu contributo para as políticas de equilíbrio e coesão do setor da água através da sua política tarifária acrescida.

Reivindica para si um estatuto ímpar como empresa pioneira e da linha da frente na cultura de sustentabilidade, da economia circular, da digitalização, da inteligência artificial, da neutralidade energética, da segurança do produto, da boa governação e da valorização das pessoas.

No ano em que completa trinta anos, a Águas do Douro e Paiva conjuga vários acontecimentos felizes. À distinção com o prémio nacional para a transição sustentável, representando Portugal no Fórum Europeu para a Inovação Empresarial, em Budapeste, junta-se o diploma de empresa de excelência atribuído pela entidade reguladora do setor, e o início da era da inteligência artificial na gestão operacional, com o projeto ItoWater.

Os objetivos da consagração de três décadas de atividade da Águas do Douro e Paiva são muito claros.

– Antes de tudo, garantir a atual trajetória de sustentabilidade e de qualidade de serviço, que se tem vindo a acentuar nos últimos anos. A empresa é certificada nos seus domínios de atividade, apresenta elevados níveis de fiabilidade e segurança, e um grau significativo de desenvolvimento tecnológico, com um sistema de telegestão 100% virtual, assente numa rede própria de fibra ótica, num avançado modelo de produção e exploração.

– Depois, enfrentar os desafios da neutralidade e combater a dependência energética, através da produção de energias renováveis.

– A Águas do Douro e Paiva deve ser parceira e acrescentar valor à região que serve. A criação do Centro de Inovação e Conhecimento, na Foz do Sousa, que é o local da primeira captação que abasteceu o Porto, coloca a investigação, a colaboração e a tecnologia no centro das soluções para um setor em permanente evolução.

– E ainda, a expansão do sistema a novos municípios na região de Viseu, que representa a resolução dos problemas de abastecimento de água com que uma parte significativa do país ainda se confronta.

A Águas do Douro e Paiva serve perto de dois milhões de cidadãos, em 22 municípios, com qualidade e sem falhas no abastecimento de água em “alta”, com a mais baixa tarifa nacional praticada no setor, com um alto grau de incorporação tecnológica na sua operação, e, desde 2017, apresenta superavits e resultados sucessivamente positivos. Construímos, todos, um futuro mais sustentável para as próximas gerações! é, por isso, devido o reconhecimento a todos os seus colaboradores, mas também aos municípios, que serve, ao Grupo Águas de Portugal e à região que serve há trinta anos.”

António Borges

Presidente do Conselho de Administração da Águas do Douro e Paiva