SeeWater – Uma nova forma de ver o risco

Desafio

Na AdDP trabalhamos em dezenas de instalações dispersas geograficamente, o que exige, diariamente, inúmeras deslocações para análise e planeamento de intervenções, realização de trabalhos e verificação de detalhes em milhares de equipamentos das instalações.

Para aumentar a eficiência e a produtividade, identificámos a necessidade de novas tecnologias que, simultaneamente, nos permitissem reduzir deslocações e melhorar a comunicação entre as equipas multidisciplinares.

Além disso, procurávamos melhorar a avaliação de riscos em várias vertentes – segurança, ambiente, ativos, energia, security, segurança da água e emergências – de modo a eliminar as limitações associadas às inspeções visuais feitas no terreno.

Nasceu assim o Projeto SeeWater – 360 Virtual Reality & Drone Aerial Imaging.

Trabalho Desenvolvido

Concebeu-se uma integração da tecnologia de drones e das câmaras 360º, o que veio possibilitar fazer registos aéreos e visitas virtuais 3D à totalidade das instalações, incluindo todos os recintos, salas e pisos, com visualização clara de órgãos de tratamento e equipamentos (ex.: equipamentos de elevação de cargas, componentes dos sistemas automáticos de deteção de incêndios, instalações técnicas, etc).

Apresentam-se, em seguida, apenas algumas das atividades abrangidas pela inovação do projeto SeeWater:

• Avaliação do risco com imagens precisas, para identificar mais facilmente ameaças e vulnerabilidades de security; de segurança da água para consumo humano, por exemplo, pela análise de dispersão de poluentes nas zonas de captação e nas origens

• Avaliação de condição de ativos/infraestruturas em locais de difícil acesso, sem colocar trabalhadores em risco de segurança

• Deteção de fugas de água através de termografia por drone, mesmo quando as fugas não são ainda visíveis, para apoio à decisão de empreendimentos com planeamento mais preciso das zonas a intervencionar, aumentando eficiência e reduzindo custos (ex.: fugas na via pública e em reservatórios)

• Avaliação dos danos patrimoniais decorrentes acidentes (ex.: derrocadas, inundações, incêndios) para envio de evidências às seguradoras

Para a implementação deste projeto, na vertente drone, foi dada formação aos pilotos (grupo multidisciplinar de colaboradores), que teve uma elevada componente prática, e com obtenção de Certificado de Competências de Piloto Remoto (mínimo de subcategoria A2), de modo a permitir a filmagem com aproximação às pessoas envolvidas até 5m, para registo dos trabalhos e eventos. A utilização do drone na empresa é sempre precedida pelo pedido e autorização de voo pela AAN (Autoridade Aeronáutica Nacional).

Impacto

Foram efetuados registos aéreos e visitas virtuais 3D, de todos os espaços/pisos das mais de 100 infraestruturas da AdDP que ficaram assim, disponíveis, mapeadas, através do computador.

O SeeWater trouxe um avanço significativo em áreas críticas: na avaliação dos riscos; na eficiência e produtividade das equipas; e na melhoria da comunicação com stakeholders.

Trata-se de um projeto inovador no setor, com elevado potencial de replicação e disseminação rápida e flexível.

Em 2023, o projeto foi vencedor dos Prémios de Segurança da Security Magazine na categoria de Inovação.

“O projeto SeeWater permite-nos revisitar, em sala, detalhes das instalações e etapas do tratamento, o que veio melhorar a comunicação entre os vários elementos da Equipa do Plano de Segurança da Água. No verão de 2022, o recurso ao drone permitiu-nos, por exemplo, avaliar a situação de escassez a montante de uma das nossas captações de água e, ainda, avaliar a extensão de uma contaminação no meio hídrico. Estes registos serviram para melhor documentar as comunicações feitas à Agência Portuguesa do Ambiente. Sem dúvida, o projeto SeeWater constituiu uma melhoria para o plano de segurança da água.“

“Excelente ferramenta de trabalho que permite esclarecer dúvidas, pormenores e revisitar as infraestruturas em reuniões técnicas, de forma expedita e completa. Desta forma poupa-se tempo de trabalho e diminuem-se as deslocações, contribuindo assim para um melhor desempenho e com menos emissões de CO2.”