Processo de tratamento
A ETA de Pousada possui atualmente uma capacidade de tratamento de água de 1728 m³/dia.
A água captada no rio Ovil é elevada para a ETA, onde numa etapa inicial é injetado dióxido de cloro para a pré-oxidação da matéria orgânica existente na água. Segue-se uma etapa de remineralização realizada através da adição num tanque de contacto de cal em suspensão (leite de cal) e dióxido de carbono, o que confere um carácter menos agressivo à água e portanto menos corrosivo para as condutas da rede de distribuição.
A água é posteriormente pressurizada e enviada para as quatro linhas de filtração disponíveis, que possuem uma capacidade nominal de filtração de cerca de 21,8 m³/h.
Cada linha de filtração é composta por 3 estágios: o 1º e 2º estágio, constituídos por antracite e areias de calibres ascendentes do topo para a base, removem a maior parte das partículas em suspensão; o 3º estágio, constituído por um leito de carvão ativado, assegura a eliminação do dióxido de cloro em excesso utilizado na pré-oxidação, e de eventuais contaminantes presentes na água. Esta metodologia de utilização de múltiplas camadas permite obter um nível de turvação muito baixo à saída de cada uma das linhas de filtração.
À entrada do 1º estágio é adicionado coagulante, com o objetivo de formar flocos de pequena dimensão. Na entrada do 2º estágio é adicionado polieletrólito, que em contacto com a água permite a aglomeração dos flocos formados na etapa de coagulação. Após a remoção dos flocos em suspensão, a água passa ao 3º estágio para um tratamento de “afinação”, com a remoção do dióxido de cloro em excesso.
A água filtrada é recolhida num coletor comum, seguindo-se a etapa de correção final de pH com a adição de soda cáustica. Por fim procede-se a uma a desinfeção final com cloro, garantido uma ação desinfetante duradoura na rede de distribuição. A água já tratada é armazenada no Reservatório de Água Tratada (RAT), com cerca de 1000 m³ de capacidade. Daqui, uma parte da água tratada é entregue graviticamente no Ponto de Entrega de Pousada, a outra é elevada para o Reservatório de Amarelhe.
Com o funcionamento da ETA, os leitos filtrantes tendem a colmatar diminuindo a capacidade de filtração da água. O processo de lavagem consiste na passagem de água em contra-corrente de cada um dos estágios separadamente, sendo possível adicionar cloro à água de lavagem com o objetivo de eliminar eventuais microorganismos que se tenham fixado nos leitos filtrantes.
A água resultante do processo de lavagem é encaminhada para a etapa de decantação, sendo o decantado enviado para um tanque de contacto e as lamas encaminhadas para espessamento. A lama espessada é encaminhada para a prensa de lamas, na entrada da qual se injeta polieletrólito. A lama seca é recolhida num contentor e transportada para deposição em aterro controlado.